A administração da prefeita Suane Dias e da vice Josilda Andrade em Gonçalves Dias tem seguido um roteiro político já desgastado: ao invés de apresentar soluções e cumprir compromissos de campanha, a dupla prefere responsabilizar gestões passadas, tentando desviar o foco de suas próprias falhas. O principal alvo dos ataques é o ex-prefeito Toinho Patioba, acusado pela atual gestão de deixar dívidas no município.
No entanto, a narrativa escolhida por Suane e Josilda esconde um detalhe crucial: os problemas financeiros da cidade não começaram agora. Pelo contrário, os débitos vêm se acumulando há anos, inclusive durante as administrações de seus próprios esposos, Vadilson Dias e Vilson Andrade, ambos ex-prefeitos. Ambos são conhecidos por gestões marcadas por irregularidades e pendências, o que desmonta a tentativa da atual gestão de jogar toda a responsabilidade nas costas de seu antecessor.
Durante a campanha eleitoral, Suane Dias prometeu renovação, progresso e uma administração eficiente. Mas, desde que assumiu o comando do município, suas promessas parecem ter sido engavetadas, substituídas por um discurso pautado em desculpas e ataques.
O que se vê é uma tentativa de esconder as próprias dificuldades administrativas sob o pretexto de problemas herdados. A estratégia, porém, não convence a todos. Afinal, quem conhece a história política de Gonçalves Dias sabe que a situação financeira do município não começou na gestão de Toinho Patioba, e muito menos se resolverá com discursos que ignoram as responsabilidades de administrações anteriores, inclusive as de Vadilson Dias e Vilson Andrade.
O povo de Gonçalves Dias merece mais do que um jogo de empurra-empurra entre gestores. É necessário que a atual administração pare de olhar para o passado como desculpa e comece a cumprir de fato o que prometeu ao povo.
NELSINHO PAZ
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