Raphael Paixão, jovem maranhense que se alistou como voluntário no Exército da Ucrânia, vive um dos momentos mais dramáticos de sua trajetória desde que decidiu integrar as fileiras do país do Leste Europeu em meio ao conflito com a Rússia. Raphael teve a perna esquerda amputada após pisar em uma mina-borboleta, um tipo de artefato explosivo de pequeno porte, mas de alto poder destrutivo, amplamente utilizado em zonas de guerra para incapacitar soldados e civis.
O incidente ocorreu durante uma operação militar em território ucraniano. Segundo relatos da família, Raphael foi submetido a uma cirurgia de emergência e permanece hospitalizado, em estado estável, após perder o pé e parte da perna esquerda, do joelho para baixo. Apesar da gravidade dos ferimentos, a notícia de que o jovem sobreviveu trouxe alívio e emoção para familiares e amigos no Maranhão.
A mãe de Raphael, Neila Paixão, conseguiu contato com o filho por meio de uma videochamada e compartilhou detalhes do que aconteceu nas horas seguintes ao acidente. “Ele foi operado, está hospitalizado, perdeu o pé esquerdo, perdeu do joelho, um pouco do joelho para baixo, mas está estável, está vivo, né? Foi um milagre de Deus”, relatou Neila, emocionada.
Segundo ela, Raphael contou que, mesmo gravemente ferido, conseguiu sobreviver graças ao apoio de um companheiro de batalhão. “Ele andou nove quilômetros, arrastado por um outro militar, que estava dando suporte para ele. Ele estava muito machucado, mas graças a Deus, para honra e glória de Jesus, ele conseguiu”, disse a mãe, ressaltando a força e a resiliência do filho diante da adversidade.
A mina-borboleta, responsável pelo ferimento de Raphael, é conhecida por seu formato pequeno e camuflagem eficiente, tornando-se uma ameaça constante para militares e civis em áreas de combate. Projetada para mutilar, esse tipo de explosivo é proibido por tratados internacionais em diversos países, mas ainda é amplamente utilizado em conflitos armados, como o que ocorre atualmente na Ucrânia.
Natural do Maranhão, Raphael Paixão decidiu se juntar ao Exército da Ucrânia motivado por ideais de solidariedade e pela busca de novos desafios. Sua história ganhou repercussão nacional ao mostrar o envolvimento de brasileiros em conflitos internacionais, expondo os riscos e as consequências enfrentadas por quem opta por atuar em zonas de guerra.
Apesar do trauma físico e emocional, a família de Raphael mantém a esperança em sua recuperação e destaca a importância do apoio recebido de amigos, conhecidos e da comunidade maranhense. O caso de Raphael Paixão serve como alerta para os perigos enfrentados por voluntários estrangeiros em conflitos armados e reforça a necessidade de assistência e acompanhamento para aqueles que retornam ao país após experiências tão extremas.
Enquanto se recupera no hospital, Raphael representa a resiliência e a coragem de quem, mesmo diante das maiores adversidades, encontra forças para sobreviver e inspirar outros com sua história de superação.
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