O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes pediu destaque e votou para que o caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello — preso para cumprir pena de 8 anos e 10 meses imposta em um desdobramento da Operação Lava Jato — seja julgado no plenário físico da Corte.
Apesar disso, o processo já conta com os votos dos ministros Flávio Dino, Edson Fachin e do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, pela manutenção da prisão do ex-presidente. O pedido de destaque de Gilmar não altera a prisão de Collor, que segue em vigor — não há previsão para o julgamento presencial.
Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25/4), quando embarcava de Maceió (AL) para Brasília (DF). Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal de Alagoas e aguarda decisão do STF sobre uma possível transferência para a capital federal.
O ex-presidente e ex-senador recebeu voz de prisão por agentes da Polícia Federal (PF) quando se preparava para embarcar. Segundo sua defesa, ele se apresentaria à Justiça para cumprir a pena. Collor reagiu à ação da PF de forma tranquila, segundo apurou o Metrópoles.
Collor viajaria em um voo comercial, que sairia da capital alagoana às 4h50 e chegaria ao destino por volta das 7h. Estava acompanhado apenas de um segurança e foi levado a uma sala da Superintendência da PF em Alagoas, onde aguarda uma definição, por parte do STF, sobre sua transferência para Brasília.
A pena contra o ex-presidente foi fixada em 2023. Collor foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
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