O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a quebra do sigilo bancário do prefeito de Barra do Corda, Rigo Teles (MDB), por suposto envolvimento em um esquema milionário de fraude na aquisição de livros didáticos.
A decisão é do juiz Ilan Presser, que atendeu ao pedido conjunto da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. As investigações apontam para um rombo de R$ 5,5 milhões nos cofres públicos entre 2021 e 2023, período em que teriam ocorrido compras superfaturadas de livros pela prefeitura.
De acordo com a PF, o relatório do COAF revelou movimentações financeiras atípicas entre os investigados, incluindo transações em dinheiro vivo. Uma delas somou R$ 894 mil, envolvendo o próprio Rigo Teles, a secretária de Assuntos Rurais, Nakyoane Cunha — sobrinha de Rigo e da deputada estadual Abigail Cunha — e a coordenadora de Receitas e Despesas do município, Maria Edivânia.
Nakyoane, aliás, é um dos principais alvos da operação da PF deflagrada na última quinta-feira (3), que cumpriu mandados de busca e apreensão em Barra do Corda. Também foram alvos o vereador Ramon Júnior (ex-secretário de Educação), a ex-presidente da CPL Edinâvia, o atual presidente da comissão Sara Fleury, e o empresário Ivonfran Rodrigues Faria, dono da empresa G10, contratada para fornecer os livros.
A Controladoria-Geral da União (CGU/MA) identificou indícios de conluio entre servidores públicos e empresários para direcionar licitações, utilizando recursos do precatório do FUNDEF. A perícia federal ainda apontou a compra de 7.100 livros a mais do que o número de alunos da rede municipal — e pior: muitos nem sequer foram entregues.
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