Fantastico mostrará fraude em escolas de tempo integral promovidas por prefeituras do Maranhão; em uma delas susposto rombo chega a R$ 33 milhões.
As fraudes promovidas em vários municípios do Maranhão renderam milhões aos cofres das prefeituras. Em apenas uma delas, a que será alvo da reportagem, o susposto rombo chega a R$ 33 milhões.
A matéria foi produzida pelo repórter investigativo da Tv Globo, Chico Bregueira, na cidade de São José de Ribamar. O suporto rombo via fraude em matrículas de alunos em escola de tempo integral beira R$ 33 milhões.
O Fantástico da Tv Globo exibirá neste domingo, 7 de janeiro de 2024, uma reportagem via jornalismo investigativo em que aponta para uma suposta fraude realizada no censo escolar 2022 no município maranhense de São José de Ribamar.
Por lá, segundo levantamento do Tribunal de Contas e apuração feita pela equipe da Tv Globo, a prefeitura de São José de Ribamar lançou, falsamente, 21.186 matrículas de alunos no sistema do ministério da educação. Com isso, a prefeitura recebeu a mais a quantia de R$ 32.592.821,94.
O repórter Chico Bregueira esteve em São José de Ribamar entre os dias 15 e 20 novembro 2024. Durante um evento na cidade, o repórter tentou questionar o prefeito Julinho a respeito das matrículas lançadas no sistema do ministério da educação. Nervoso, o prefeito não conseguiu responder e parte dos seus aliados passaram a agredir verbalmente e com empurrões o repórter da tv globo.
PRESIDENTE DUTRA
Em Presidente Dutra, no mês de novembro de 2023, o nosso site motrou que um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, que fiscalizou as escolas tidas como de tempo integral no estado, apontou que os dados fornecidos pela Secretaria de Educação possivelmete foram inflados em relação ao número de alunos matriculados no município, apontado uma suspeita com os dados da escola de tempo integral.
Segundo dados do TCE, em Presidente Dutra, havia cerca de 3.795 alunos matriculados na modalidade Tempo Integral. Ao visitar o município, os técnicos constataram in loco que apenas na Escola Murilo Braga existem 231 alunos e que os dados em relação ao total estariam incorretos. O resultado aponta para suspeitas de que a gestão esteja fraudando dados para angariar mais recursos federais. A prática seria semelhante à adotada nos casos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), em que gestões municipais também são suspeitas de inflar números para ter mais acesso a verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
A inserção dos dados (possivelmente falsos) gerou um acréscimo no repasse financeiro destinado ao município, que passou a receber a mais um total de R$ 5.931.509,10 (cinco milhões, novecentos e trinta e um mil, quinhentos e nove reais e dez centavos). Cada município recebe um incremento de 30% em relação ao valor-base por aluno para cada aluno matriculado na modalidade de ensino integral.
