Em reunião com Alckmin, relator do orçamento diz que ​​não há recursos para as promessas de campanha de Lula

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral da Comissão Mista de Orçamento, disse nesta quinta-feira (3) que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá que indicar as soluções para fazer com que as promessas de campanha caibam no Orçamento de 2023.

“Todos sabem que não tem recurso para Farrmácia Popular, foram cortados recursos da saúde indígena, dos imunobiológicos e das vacinas. O Orçamento já é deficitário por si próprio e, pelo 9º ano consecutivo, estamos fazendo Orçamento com déficit de aproximadamente R$ 65 bilhões.”

O comentário foi feito na chegada ao Senado, minutos antes de se reunir com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), e com a equipe de transição do governo Lula. Segundo Castro, encontrar recursos para a manutenção do Auxílio Brasil e para o aumento do salário mínimo, promessas de campanha do candidato petista, será um desafio para o novo governo.

“Não está cabendo dentro do Orçamento o teto de gastos. E [agora] tem os compromissos públicos do presidente eleito, que precisarão ser cumprido. Ele se comprometeu a manter o Bolsa Família — atual Auxílio Brasil — em R$ 600, porque, como todos sabem, ele só vai até 31 de dezembro com esse valor. Em janeiro será de R$ 400”, completou.

A reunião no Senado terá a participação do senador eleito Wellington Dias (PT-PI), designado por Lula para articular o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2023 com o Congresso Nacional; a vice-presidente do PT, Gleisi Hoffmann; e Geraldo Alckmin, que vai coordenar o governo de transição. Após a reunião, será realizada uma entrevista coletiva no Salão Azul do Senado Federal para falar sobre a transição orçamentária.

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